Os Jovens e a competição
Eu me pergunto: até onde a
competição é sadia?
Ela está presente em tudo hoje em
dia, seja no campo profissional, no ambiente familiar, na escola e agora nos
CTGs...
A competição, por um lado é
positiva, nos leva a dar tudo de nós em busca do melhor. Até aí, tudo bem. Mas
no momento que sobe à cabeça, aí vem o perigo...
Onde queremos chegar? Como
queremos chegar?
Se quisermos ser os melhores para
ganhar, também teremos que ser os melhores em admirar nossos adversários, mas
com todo o respeito, pois é na observação de suas falhas que nos superamos. Se
quisermos ser superiores, que sejamos, mas
que sejamos superiores também em honestidade, respeito e postura. E, acima de
tudo, sejamos os primeiros em ignorar as provocações, pois isso nunca falta
numa competição. Que sejamos nós a dar o exemplo. E a falta do “espírito
competitivo” vem se tornando uma constante nas Invernadas Artísticas
ultimamente, impondo-se acima do objetivo maior que é manter a cultura e o
folclore, tudo em nome de ser o melhor... O melhor em quê?
As danças folclóricas são as
mesmas para todos, a diferença seria uma questão milimétrica de conduta da
dança. Mas o ponto crucial – o embate – está na hora que se fala em Entrada e
Saída, pois é o momento em que os olhos chegam a saltar faísca. E neste
turbilhão de egos, a competição toma proporções descabidas, deixando
completamente de lado as questões da cultura e da tradição. Pior que os
envolvidos nem percebem. E, se levantarmos esta questão, o bochincho está formado!
E tenho dito.
Lindamar Nunes