Buenas
Quero fazer um desabafo em relação a este embate que surgiu
duns tempos pra cá entre MTG, CTG, Modismo e TRADIÇÃO.
Eu vejo e ouço todo mundo falar, uns estão certos, mas são
radicais outros estão misturando tudo e ainda tem os que estão completamente
fora da casinha.
Bom eu entendo assim:
Lógico não é a roupa que vão te fazer ser um gaúcho, mas ela
tem o seu valor na representação.
Então vamos começar pelas roupas: tênis, alpargatas, botas, bombacha,
bombacha feminina, vestido... O que usar? Ó duvida cruel!
Gente, ir a um Baile de CTG, Fandango, é o mesmo que ir numa
festa social, por si só, já dá para se definir.
Agora Domingueiras, com aquele almoço peculiar, e depois
mini-fandango, pede uma roupa mais descontraída, bombacha, alpargata, camiseta
e sim, cola-fina ( roupas normais como se diria antigamente , roupas da
cidade).
Agora, para tudo! Estamos falando de Tradição?
Tradição é algo que foi passado de pai para filho.
Acredito que lá nos meados dos antigamente, o gaúcho velho
não teria uma camisa branca alvejada, uma bota de patrão, um lenço pra lá de
brilhoso, para ir à um baile. Mas te garanto que ele iria colocar o melhor dos
seus andrajos.
A prenda com certeza usaria um vestido com a melhor chita.
Se estamos falando em Centro de Tradições, a tradição é assim, caramba! Homem de camisa,
lenço, (conforme seu partido), bombacha, bota. Mulher com o seu melhor vestido,
que seja simples, mas sempre vai prevalecer a delicadeza.
Mas aí, entrou o modismo e misturam tudo...
Quer manter? Vão num CTG.
Quer variar? Vão num Bailão, clubes que mantém vários
seguimentos e está tudo resolvido.
O MTG quer pregar na teoria algo que não acontece na prática,
procurem lá no estatuto e vão achar o artigo que diz que a prenda não deve usar
pilcha alternativa (bombacha feminina) no CTG em momentos cívicos e fandangos,
mas o que as prendas fazem agora? Mentem-se dentro duma bombacha e ficam
dançando com outro bombachudo, simplesmente não entendem que isso acaba com a
delicadeza de uma prenda. A bombacha feminina se usa em situações de rodeios.
Mas o MTG fiscaliza os centímetros do solado da bota, o
comprimento do lenço, isso eu não consigo entender!
Mas o que o pessoal anda afirmando aí, que os CTGs andam
afastando as pessoas com as regras, mas antes era assim e todo mundo sabia que
para dançar tinha que estar pilchado e no meu tempo tinha muito movimento, era
lindo ver o salão cheio de casais bem definidos pelas indumentarias. CTG era
uma coisa e Bailão era outra e todo mundo era feliz, agora querem fazer uma tempestade.
Eu sempre disse e digo no momento que tu abre uma exceção,
corre o risco que escancarar a porteira e foi isso o que aconteceu, querem por
que querem manter uma tradição atualizada, Tradição Atualizada?
Será que é tão difícil entender isso, ou eu estou
complicando mais?
Lindamar Nunes
Ex-1ª Prenda do CTG Os
Farrapos – Pelotas/RS
Ex-2ª Prenda da 26ª RT
3 comentários:
Buenas Lindamar e leitores do teu blog.
Parabéns pela tua manifestação!
O CTG e nem digo só os CTGs, mas, também outras entidades que tentam manter as suas tradições, estão passando por um período em que estão vendo o modismo "roubar" seus frequentadores.
Frente a isso concordo contigo em que as tradições não podem ser alteradas, senão deixarão de ser tradição.
O CTG e outras entidades como os clubes de caça e tiro, devem ter uma postura firme e ter criatividade para atrair e reter membros sem perder seus costumes.
Permitir que o modismo faça parte de um CTG é o mesmo que se conformar com a corrupção no país e outras má condutas.
Quem se intitula tradicionalista tem por obrigação que cumprir as normas dos CTGs.
Agora, quem se diz tradicionalista e que fica por aí usando umas pilchas justas, de cores gritantes e se rebolando feito uma minhoca, faz um favor pro gauchismo faz tchê: pega um canudo, uma coca cola e vai procurar o teu rumo tchê. Te larga pras cobras vivente.
Crinuda Véia, um quebra costela pra ti e continua expondo tua opinião. Quem sabe depois de tanto manifesto, entre um presidente TRADICIONALISTA no MTG e tenha coco roxo pra ser gaúcho verdade.
A esqueci de me identificar: Sou Evandro de Oliveira
Nascido em Santa Catarina e gaúcho por opção.
Mui agradecida Evandro.
Que possamos gritar aos quatro ventos que a TRADIÇÃO NÃO PODE SER ALTERADA...
Lutemos !
"Levanta gaúcho o Rio Grande precisa de ti"
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